domingo, 3 de junho de 2012

Somos todos Gregos



 O líder da esquerda radical grega Syriza, Alexis Tsipras, afirmou quer "anular" o memorando que confirma o resgate financeiro da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional) à Grécia, no  seu programa para as legislativas de 17 de Junho.
"O memorando pode ser aplicado ou anulado (...) e nós o anularemos", disse Tsipras que, segundo pesquisas, pode obter a vitória nestas eleições cruciais para o futuro da Grécia na zona do euro.
O resgate impõe medidas de austeridade ao Estado grego, como corte de salários e de Orçamento em áreas como saúde, previdência e educação.
A proposta alternativa do Syriza pretende garantir um "saneamento orçamentário socialmente justo" e uma "participação igualitária da Grécia na zona do euro", acrescentou, em coletiva de imprensa.
Tsipras também afirmou que quer "renegociar" um acordo com a União Europeia e o FMI para manter a Grécia sob assistência financeira, apesar de sua intenção de anular o memorando.   Aos 37 anos, Tsipras se tornou uma as principais figuras da política grega e rejeitou este "pseudo dilema" sobre a presença da Grécia na moeda única. Em troca, considera que a política de rigor aplicada é o "piloto automático que conduz à catástrofe" do país, e pode fazê-lo retornar ao dracma, a antiga moeda nacional.
O chefe de Syriza afirmou que seu partido, em caso de vitória, "buscará renegociar a dívida para reduzi-la drasticamente" ou tentará "obter uma moratória da dívida e um congelamento dos pagamentos até a estabilização ou a recuperação da economia".
O líder esquerdista ainda defendeu o imposto sobre grandes fortunas, o controle público do Orçamento e o congelamento imediato de reduções de salários e pensões, além da anulação das dívidas das famílias.

O Syriza quadruplicou seu resultado de 2009 e se impôs como segunda força política do país, tendo como bandeira a rejeição da austeridade, nas eleições de 6 de maio, que não permitiram a formação de um governo.
O partido conservador Nova Democracia (ND) e o Syriza têm intenções de voto muito próximas nas últimas pesquisas, com publicação autorizada na Grécia antes das legislativas de 17 de junho, mas nenhum parecia ter possibilidades de alcançar a maioria absoluta.
Três destas pesquisas publicadas nesta sexta-feira colocavam a ND em primeiro lugar, mas com pouca diferença, enquanto a quarta mostrava uma vantagem de 6% para Syriza, o partido que registra o maior crescimento em uma semana.
De qualquer forma, o vencedor se veria, sem dúvida, obrigado a estabelecer alianças governamentais para poder aspirar a uma maioria absoluta no Parlamento, de 300 cadeiras.
O Syriza é o acrónimo  de Coligação da esquerda Radical. os principaís movimentos que compõem esta coligação são o AKOA _ Esquerda Comunista Ecológica e Renovadora nasceu em 1991. Esta no Syriza desde 2004; o DEA - Esquerda Internacionalista dos Trabalhadores. Fundado em 2001 e de inspiração trotskista: o DIKKI - Movimento Democrático  Social . Fundado em 1995 como dissidência pela esquerda do socialistas do PASOK. Juntou-se ao SYriza em 2007; o KOE -  Organização Comunista da Grécia . Fundado em 2003 de inspiração maoista. Quer a saída do país da Nato e da UE. Além de defender a dissolução do FMI e da OMC ; KOKKINO que é um movimento trotskista que anima uma revista; os  Ecologistas da Grécia que é uma organização de ecologistas de esquerda fundada em 2007;  o SYNASPISMOS  coligação de movimentos de esquerda e ecologistas é o principal partido do Syriza. Fundado em 1989 quando os dois partidos comunistas (exterior e interior) se juntaram para participarem de um governo de unidade nacional: os  CIDADÃOS ACTIVOS de extrema esquerda, fundado em 2002 pelo heroi da resistência Manolis Glezos; o KEDA - Movimento pela Esquerda Unida em Acção , de 2000 de uma cisão do partido comunista do exterior; o RIZOSPASTES - que signifa Radicais. Sublinham o patriotismo e são contra as privatizações , são a favor da nacionalização dos bancos e da anulação dos impostos injustos; o GRUPO ROSA o seu nome deve-se a um tributo a comunista alemã Rosa Luxamburgo. Trata-se de um grupo da Esquerda radical com redes no estrangeiro, tem um blogue e um jornal; por último temos APO - Grupo Político Anticapitalista.  A europa e o mundo esperam pelas eleições gregas. Eu posso não concordar com algumas das medidas do Syriza. Mas compreendo e sou solidário com a classe média grega que empobreceu claramente com as medidas da troika. O mesmo está acontecendo em Portugal.          

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