Conhecido por muitos como o misticismo do Islão, o
sufismo é uma filosofia de autoconhecimento e contato com o divino através de certas práticas as quais nem sempre seguem um padrão fixo e frequentemente parecem incomprensíveis a um observador que esteja fora do contexto de trabalho. Estas práticas devem ser aplicadas por um professor.
Os sufis acreditam que Deus é amoroso e o contato com ele pode ser alcançado pelos homens através de uma união mística, independente da religião praticada. Por este conceito de Deus, foram, muitas vezes, acusados de blasfêmia e perseguidos pelos próprios muçulmanos esotéricos, pois contrariavam a idéia convencional de Deus.
Hallaj (século X), um dos grandes representantes do sufismo, foi executado, pois ensinou, em estado de êxtase, que Deus e ele eram um; que havia atingido a identidade suprema. Como o ideal do sufismo era ascético, acreditavam que Jesus era tão importante quanto Maomé, que o
Alcorão era tão essencial quanto a
Bíblia ou a
Torá. Quase um século e meio depois,
Ghazali, um dos maiores pensadores do mundo e seguidor

Encontramos seguidores desta corrente em todos os segmentos sociais: camponeses, donas de casa, advogados, comerciantes, professores. Sua filosofia básica é: "Estar no mundo, mas não ser dele", livre da ambição, da cobiça, do orgulho intelectual, da cega obediência ao costume ou do respeitoso amor às pessoas de posição mais elevada.
A
"Cabala" é uma filosofia
esotérica que visa conhecer a Deus e o Universo, sendo afirmado que nos chegou como uma revelação para eleger santos de um passado remoto, e reservada apenas a alguns privilegiados.
Formas antigas de misticismo judaico consistiam inicialmente de doutrina empírica. Mais tarde, sob a influência da filosofia neoplatônica e
neopitagórica, assumiu um caráter especulativo. Na era medieval desenvolveu-se bastante com o surgimento do texto místico,
Sefer Yetzirah, ou
Sheper Bahir que significa
Livro da Luz, do qual há menção antes do século XIII. Porém o mais antigo monumento literário sobre a Cabala é o
Livro da Formação (Sepher Yetsirah), considerado anterior ao século VI, onde se defende a ideia de que o mundo é a emanação de Deus.
Transformou-se em objeto de estudo sistemático do eleito, chamado o
"baale ha-kabbalah" (possuidores ou mestres da Cabala "). Os estudantes da Cabala tornaram-se mais tarde conhecidos como
maskilim "o iniciado". Do décimo terceiro século em diante ramificou-se em uma literatura extensiva, ao lado e frequentemente na oposição ao Talmud.
Grande parte das formas de Cabala ensinam que cada letra, palavra, número, e acento da Escritura contêm um sentido escondido e ensina os métodos de interpretação para verificar esses significados ocultos.
Alguns historiadores de religião afirmam que devemos limitar o uso do termo
Cabala apenas ao sistema místico e religioso que apareceu depois do século XII e usam outros termos para referir-se aos sistemas esotéricos-místicos judeus de antes do século XII. Outros estudiosos veem esta distinção como sendo arbitrária. Neste ponto de vista, a Cabala do pós século XII é vista como a fase seguinte numa linha contínua de desenvolvimento que surgiram dos mesmos elementos e raízes. Desta forma, estes estudiosos sentem que é apropriado o uso do termo
Cabala para referir-se ao misticismo judeu desde o primeiro século da Era Comum. O Judaísmo ortodoxo discorda de ambas as escolas filosóficas, assim como rejeita a ideia de que a Cabala causou mudanças ou desenvolvimento histórico significativo.
Desde o final do século XIX, com o crescimento do estudo da cultura dos Judeus, a Cabala também tem sido estudada como um elevado sistema racional de compreensão do mundo, mais que um sistema místico. Um pioneiro desta abordagem foi
Lazar Gulkowitsch.
A cabala ensina que, a fim de podermos reclamar as dádivas para as quais fomos criados para receber, primeiro temos que merecer essas dádivas. Nós as merecemos quando nos envolvemos com nosso trabalho espiritual – o processo de transformarmos a nós próprios na essência. Ao nos ajudar a reconhecer as fontes de negatividade em nossas próprias mentes e corações, a Cabala nos fornece as ferramentas para a mudança positiva.
também que todo ser humano é uma obra em execução. Qualquer dor, desapontamento ou caos que exista em nossas vidas não ocorre porque a vida é assim mesmo, mas apenas porque ainda não terminamos o trabalho que nos trouxe até aqui. Esse trabalho, muito simplesmente, é o processo de nos libertarmos do domínio do ego humano e de criar uma afinidade com a essência de compartilhar de Deus.
Na vida do dia-a-dia, esta transformação significa desapegar-se da raiva, da inveja e de outros comportamentos reativos em favor da paciência, empatia e compaixão. Não significa abrir mão de todos os desejos e ir viver no topo de uma montanha. Muito pelo contrário, significa desejar mais da plenitude para a qual a humanidade foi criada para obter.
A
Cabala Cristã aparece a partir do final do século XV, na aurora da Renascença. Foi o resultado ou desmembramento natural do estudo de textos gregos, traduzidos por
hebraístas cristãos. Teve seu auge nos séculos XVI e XVII e, como coadjuvante principal, contou com o auxílio da imprensa, a cargo da qual ficou a divulgação ou, melhor dito, a cópia múltipla de textos traduzidos e que anteriormente estava a cargo exclusivo de monges copistas. Outro coadjuvante foi o papa Sisto IV (1471-1484) que, como nenhum outro antes dele, ordenou a tradução de livros cabalísticos.
A sua principal abordagem ou
motivo de ser foi o de estudar as escrituras, antigo e novo testamentos, aplicando os mesmos métodos que os cabalistas judeus e, demonstrando assim, que os escritos cabalísticos mantinha uma concordância, quase que unilateral, com o cristianismo e que no estudo da Cabala
Judaica haviam argumentos favoráveis ao cristianismo. A grande maioria destes expoentes do Cabalismo cristão eram, a princípio, judeus conversos e conhecedores (quase que naturalmente) dos estudos cabalísticos.
Entre os primeiros a promover o conhecimento desta filosofia, além dos círculos exclusivamente judaicos, está
Giovanni Pico della Mirandola (1463-1494) um discípulo de Marsilio Ficino na sua
Academia de Florença. A sua visão sincrética do mundo combinava o platonismo, o neoplatonismo, o aristotelismo, o Hermetismo e a Cabala.
Pico teve por mestres a
Flavius Mithridates, que introduziu Pico no estudo da Cabala e foi autor, entre outras obras de
De Tropis Hebraicis, um trabalho original em latim com referências hebraicas que foi largamente elogiado por
Sebastian Münster e
Imbonatus; o humanista judeu-bizantino e professor de hebraico
Johanan ben Isaac Aleman Yohanan Allemanno (que havia sido díscipulo do neoplatônico
Judah Leon Messer) em cuja obra
Ḥesheḳ Shelomoh (
O explendor de Salomão), ele demonstra um profundo conhecimento da filosofia grega e árabe, discursa sobre as realizações artísticas e morais da raça humana, os quais se combinam em
Salomão, o qual está (segundo o autor) acima de
Platão e de outros filósofos; e
Paulo de Heredia (1408-1486), provavelmente o que mais influenciou ao jovem Pico.
O trabalho de
Mirandola foi, posteriormente desenvolvido por
Athanasius Kircher (1602-1680), um padre jesuíta,
hermetista e polímata que, em 1652, escreveu sobre o assunto em
Édipo aegyptiacus. Embora ambos trabalhassem dentro da tradição cristã, estavam mais interessados na abordagem sincrética. O trabalho de ambos levou diretamente ao Ocultismo e a
Cabala Hermética.
A mim pessoalmente o que me atrai nesta filosofia
O Zohar propõe que a alma humana possui três elementos, o nefesh, ru'ach, e neshamah. O nefesh é encontrado em todos os humanos e entra no corpo físico durante o nascimento. É a fonte da natureza física e psicológica do indivíduo. As próximas duas partes da alma não são implantadas durante o nascimento, mas são criadas lentamente com o passar do tempo; Seu desenvolvimento depende das ações e crenças do indivíduo. É dito que elas só existem por completo em pessoas espiritualmente despertas. Uma forma comum de explicar as três partes da alma é como mostrado a seguir:
- Nefesh - A parte inferior ou animal da alma. Está associada aos instintos e desejos corporais.
- Ruach - A alma mediana, o espírito. Ela contém as virtudes morais e a habilidade de distinguir o bem e o mal.
- Neshamah - A alma superior, ou super-alma. Essa separa o homem de todas as outras formas de vida. Está relacionada ao intelecto, e permite ao homem aproveitar e se beneficiar da pós-vida. Essa parte da alma é fornecida tanto para judeus quanto para não-judeus no nascimento. Ela permite ao indivíduo ter alguma consciência da existência e presença de Deus.
A Raaya Meheimna, uma adição posterior ao Zohar por um autor desconhecido, sugere que haja mais duas partes da alma, a chayyah e a yehidah. Gershom Scholem escreve que essas "eram consideradas como representantes dos níveis mais elevados de percepção intuitiva, e estar ao alcance somente de alguns poucos escolhidos".
- Chayyah - A parte da alma que permite ao homem a percepção da divina força.
- Yehidah - O mais alto nível da alma, pelo qual o homem pode atingir a união máxima com Deus.é o conceito de Alma.